Monday, November 28, 2005

We can´t forget it. That's enough





“I was bruised and battered
And I couldn't tell what I felt
I was unrecognizable to myself
Saw my reflection in a window
I didn't know my own face

Oh brother are you gonna leave me wasting away (…)”

“(…)I walked the avenue till my legs felt like stone
I heard the voices of friends vanished and gone
At night I could hear the blood in my veins
Just as black and whispering as the rain (…)”

“(…)Ain't no angel gonna greet me
It's just you and I my friend
And my clothes don't fit me no more
I walked a thousand miles just to slip this skin

The night has fallen, I'm lyin' awake
I can feel myself fading away
So receive me brother with your faithless kiss
Or will we leave each other alone like this

On the streets of Philadelphia”
From: " Streets Of Philadelphia" - Bruce Springsteen

Saturday, November 26, 2005

Como é bom estudar em Portugal...



Enquanto se continuar a preferir investir naqueles que já estão num nivel mais estável, a plebe continuará a enterrar as unhas na terra à espera de conseguir alguma migalha que caia da mesa. Quando se grita: "QUERO CONTINUAR A ESTUDAR!!!!" e não há nem sequer uma ajuda para propinas e posteriormente se vê "esses" senhores que pedem para continuarmos. Continuar o que? Penso que não é o sonho, nem cliché de ninguém levar uma vida de exilidado do país, da familia noutro pais à espera do momento. Mais um numero que necessita de orientação para um projecto de vida. Mas uma pessoa integral e necessária quando a cadeira do poder está prestes a ficar fria.
Às vezes dá vontade de mandar o sonho à Merda.

Thursday, November 24, 2005

O momento o dirá...

Aqui estou novamente e desta vez regateio a minha liberdade. Pergunto-me o que me mantêm em baixo. Atiro um assobio baixo e sopro-o contra o vento e escuto atentamente o som. O meu coração bate descompassadamente, e mantenho-me de olhos fechados a sentir o sentimento sentido no passado que me acompanha e que invade como uma memória. Adormeço debaixo da sombra do arco-íris, enquanto o sol aquece o chão dos meus sonhos. Desperto com os dedos da brisa emaranhados no meu cabelo, os pássaros voam com um sorriso de oiro e segredam para guardar os sonhos nos olhos para o momento certo. Segue o teu caminho! Podes chama-lo num dia de solidão. O momento o dirá…

Thursday, November 10, 2005

Loucuras devaneios e assédios sociais a partículas telúricas livres

Tentei calar aquilo que não acontece, mas esta paródia maldita entope a visão do lá e impede a luz de entrar.
Cavaleiro andante, perdido pela floresta de trigo, perigosamente exposta á ceifa dos tempos. O vislumbre da clareira dos suspiros, encontra-se num cabo das tormentas que teima em não ser dobrado.
Perco de vez em vez a fome dos sentidos, uma apatia deixa-me um resíduo de mim próprio num caminho, propício ao tropeção. As poças rasas à vista, são mares insondáveis, regidos por uma lei “Murphyana”, na qual quem entra, terá que dar muitas voltas na merda, até que possa sair do tambor de centrifugação.
O olhar, perde-se através da janela do dia, vive-se dentro de uma extensa claustrofobia de ideias esgotadas pelo tempo, optimizadas por um verdadeiro colóquio de leituras ambíguas que se amontoam num saco com fundo roto.
O melhor…bem, isso terá de ficar para outros tempos. Todos sabemos que é cientificamente impossível viver em dois mundos paralelos…por agora…

Friday, November 04, 2005

Alguém...


Flores, cores, casas no fundo do arco-íris, caramelos e brinquedos que fazem companhia nos sonhos. Um mundo dos Deuses, mesmo desconhecendo o significado da palavra. Até no Inverno o sol brilha quando se quer e as poças de água são mares habitados por monstros particulares que se criam diariamente, com os novos influxos de experiências. O sorriso encontra-se constantemente colado na face.

A chuva cai e o sol vira costas, sós na infinita rua o mundo deixa-nos com tudo nas mãos. Mudança de hábitos e conversas frias de desdenho…nunca ninguém falou deste mundo. As cores habituais que inundavam as manhãs parecem retalhos de uma vida anterior guardada num sonho de cristal prestes a cair.
A vida deixa de ser feita através da troca de caramelos e sorrisos, o veneno dourado toma lugar em todas as conversas, envenena os sonhos e enraíza as pernas da ilusão.

Uma família e a felicidade compra-se com suor que é roubado à alma. Pouco tempo no novo lar, muito labor e sol só na televisão. A lua é a nova luz diária. A meia idade traz dificuldade nos sorrisos e abraços curtos e presos. Mau sexo e os problemas fundem no interior porque a barreira da comunicação calcificou com a indiferença.

A palavra “amigo” ganha outro significado e não a damos sem ter todas as cópias do contrato alheio. O engano faz-se dentro de casa debaixo de sonhos outrora moldados. Os filhos comportam-se como transeuntes no meio de uma rua movimentada, o tempo roubou a educação e a cumplicidade que se deveria ter fomentado.

Um novo dia e a casa encontra-se vazia, a despedida foi completa, sozinho sentado a olhar para o vazio da noite e a contar as rugas no reflexo do vidro das molduras de outras vidas. A bebida é o novo cúmplice e os objectos ganham vida. Pensa-se no que os filhos estarão a fazer e se tomam melhores decisões. Estas recordações fazem as já esquecidas lágrimas rolar sobre as caras sorridentes imortalizadas em papel celulóide.

No fim do caminho e sós, passam várias eternidades sem se articular um som consciente, vive-se numa casa de choro sem ninguém para limpar as lágrimas e sem abraços para aquecer o coração.

Tarde demais pedimos: “Por alguém! Quero a minha família e a vida de volta!