Tuesday, June 07, 2005

Conduta Ignóbil

Há já uns quantos milénios, que tenho andado a fazer umas apreciações mentais e desvendei um padrão nesciamente simples. Ao longo da nossa complexa evolução, evoluímos psicologicamente e socialmente, amadurecemos e tornamo-nos uns bastardos anti-sociais.
Durante a infância somos seres primordiais e tudo é uma aventurosa experiência, não conhecemos o significado da confusa palavra, “inibição” e gozamos de todas as futilidades de uma forma ingenuamente honesta. Os casos de malvadez crónica resumem-se a uns singelos doces comidos fora das refeições.
Quando atingimos a supremacia maquiavélica e afrontosa, vulgar adultosidade, existe um tagalho cerebral que desengrena e inicia-se um processo de ambição e enfermidade, que gangrena tudo aquilo que toca.
Nós, o Homem, tornamo-nos pequenos, com obstinações rastejantes e concepções obsessivas.
Os que ainda acreditam nas palavras, “inocência” e “honestidade” são espezinhados e calcados, cada vez que dão uma “mão” de auxílio, e voltam sempre a cair no buraco que nos escavaram com um prazer satírico. Uma queda suja e dolorosa, que obriga a limpar as nódoas e a sair do buraco vezes sem conta, pois o olhar de quem pede ajuda, mesmo sabendo que nos vão empurrar de novo, só se recusa se não existir remorsos. Um circulo que algema e espreme toda a gota de inocência e honestidade que resta.
Parece que, termos como “apoio”, “simpatia não-interesseira” e “confiança”, estão a tornar-se termos caducos, foscos e a cair em desuso. Dá a sensação que só nos safamos neste atascadeiro selvático se nos tornarmos uns grandes cabeçudos “filhos da puta”. Qualquer tentativa de compreender esta conduta, só faz perder o fio á meada.
A vontade é de mandar o sonho á merda!

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