Ontem vi o diabo do Diabo. No momento em que decidiu atrapalhar-me os pensamentos com ideologias mediavalistas de um medo inquisicional, encontrava-me eu em barbaras batalhas com a minha colcha. Foi falta de oportunismo por parte dele, fiquei um pouco fulo, visto que ainda não tinha levantado voo no meu sonambulismo mediático. Apanhou-me no momento ainda vivo. Mal educadamente, encerrei-me dentro do vale dos lençóis, ainda acreditando na ideia infantil enraizada na minha mente, que os lençóis me protegem do mundo frio e escuro exterior.
Ele estava um pouco gordo. Aqueles dentinhos fininhos e numerosos devem-lhe dar trabalho, mas encontravam-se assustadores quando preenchiam aquele sorriso sem nexo. A cara branca era sustentada pelo seu colarinho vermelho do seu fato negro. Foi a ultima imagem que fiquei dele. Já bastava andar a ver os seus súbditos a passear impunemente à frente dos meus olhos segundos antes de acender as luzes.
Estas ideologias sem nexo, a flutuarem na nossa mente como sardinhas mortas e pestilentas no mar negro, têm que se organizar. Já basta sonhar e ter pesadelos sem autorização prévia do encarregado da obra mental. Quem despoleta isto? No outro dia pensei em culpar, esse tal de Froid ou Freud, mas descobri que faleceu sem autorização, e fiquei automaticamente sem bode expiatório.
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